sexta-feira, 30 de novembro de 2018

OH_VIENI_SUL_MAR_SUL_MINAS!-INSCRIÇÃO NO PRÊMIO LEITOR SUL-MINEIRO


OH_VIENI_SUL_MAR_SUL_MINAS!

“Desde a mais tenra idade:
conhecendo, cantando o hino, lendo a minha cidade”

FINALIDADE: Disseminar por todas as localidades sul-mineiras (170 cidades e 80 distritos) uma prática leitora que comece pela apresentação, leitura, diálogo sobre o hino da cidade. Uma vez que normalmente os hinos locais contam com a letra e a música compostas por conterrâneos das crianças, adolescentes, jovens estudantes, descrevem a cidade em variados aspectos e colocam em relevo a identidade local. Na sequência, a prática leitora busca desdobrar e associar cada verso do hino a outras obras e autores que também escreveram sobre e para a cidade, nos mais diversos gêneros. É uma prática que propõe a a formação de leitores literários desde a mais tenra idade, a partir do seu cotidiano,  do repertório dos autores conterrâneos e mais especificamente do hino de sua cidade.

OBJETIVOS:-formar novos leitores literários a partir do contexto local,- formar novos mediadores de leitura literária a partir do contexto local.

METODOLOGIA: o passo-a-passo para desenvolver esta prática leitora aconteceu a partir do encontro e da conexão dos diversos projetos-piloto que já vêm sendo desenvolvidos em todos os quadrantes da região sul-mineira, porém de forma isolada, tanto geográfica, histórica como tematicamente, com as academias de letras e com os corais estudantis e escolares. Destaca-se que tanto as academias de letras como os corais escolares (são aqueles organizados no âmbito de uma mesma escola) e as academias de letras e os corais estudantis (são aqueles que reúnem estudantes de várias escolas de uma mesma localidade) têm sido os protagonistas destas iniciativas. O passo inicial foi o convite para os estudantes interessados e a montagem de uma equipe interdisciplnar formada por mediadores de leitura e professores de várias áreas curriculares que ficaram responsáveis pela elaboração das sequências didáticas do projeto de cada localidade. Com os projetos prontos foram iniciadas as ações que enfatizaram a leitura de um repertório que contemplou desde o hino da cidade até memórias, crônicas, ensaios de autores locais e sobre temas locais.

PÚBLICO-ALVO: esta prática leitora é voltada para crianças, adolescentes, jovens, estudantes de variadas faixas etárias da educação básica (educação infantil, ensino fundamental -anos iniciais e anos finais-, ensino médio), interessados em participar de academias de letras escolares e estudantis, bem como de corais escolares e estudantis, todos em âmbito local. E a proposta de replicabilidade desta prática leitora, especialmente com as parcerias firmadas com os corais escolares/estudantis e as academias escolares/estudantis deverá se estender para as 250 localidades sul-mineiras (170 cidades e 80 distritos), acompanhando as iniciativas que já estão sistematizadas na região sul-mineira.

RESULTADOS: culminou com a apresentação do hino da cidade em vários estilos, acompanhada de mostras artesanais, exposições artísticas referentes à letra do hino, num evento cultural comemorativo, tanto na data de aniversário da cidade como nas festividades de fim do ano.

LINK: https://hinoscidadessulminas.blogspot.com/
(obs: como as fotos contém imagens de crianças, adolescentes e jovens, as autorizações estão sendo providenciadas para ampla divulgação).

terça-feira, 6 de novembro de 2018

HSTÓRA DE CARRANCAS


Andar pelas ruas de Carrancas ou de bike pelas redondezas, que incluem fazendas históricas e marcos da Estrada Real é passeio obrigatório para quem vem aqui. A cidade foi fundada em meio ao ciclo do ouro e as viagens desde Parati trouxeram bandeirantes e as suas famílias, que fixaram moradia e criaram um povoado. Eram paulistas da capital e de Taubaté que por volta de 1720 encontraram-se às margens do Rio Grande em Minas Gerais. 

Apesar de grandes rivais na disputa pelas terras e pelo ouro, juntos se instalaram nas terras onde hoje está situado o município de Carrancas. Empolgados com o potencial fértil de suas terras e com a possibilidade de encontrar ouro em grande quantidade, decidiram conquistar o local iniciando um povoado com suas famílias, escravos e amigos. Em 1721 foi edificada uma capela em homenagem a Nossa Senhora da Conceição ficando então conhecido o lugar como Nossa Senhora do Rio Grande. 

Pouco a pouco o povoado ia crescendo com os paulistas e portugueses que chegavam interessados pelo ouro e pela agricultura que também se desenvolvia. Outro fator determinante para o seu crescimento, foi a elevação à freguesia em 1736 que aumentou bastante o número de habitantes do lugar. 

As escavações feitas pelos novos garimpeiros na serra mais próxima do lugar associadas a duas grandes rochas lá existentes, formavam para quem as via de longe, fisionomias semelhantes às de duas caras, por isso o nome de Carrancas. De lá para cá, muitos outros nomes surgiram, como, Nossa Senhora da Conceição das Carrancas, Carrancas de baixo, Carrancas de Cá e finalmente Carrancas. Por ironia, propriamente no município não fora encontrado ouro em quantidade economicamente viável mas sim na região bem próxima onde hoje estão localizados os municípios de São João del Rey , Tiradentes e Lavras. 

A febre do ouro passou e desde então Carrancas descansa em suas belas serras e cachoeiras deixando a tranqüilidade tomar conta de todos aqueles que a procuram em busca de paz, aventura e equilíbrio.Hoje, a cidade é considerada a TERRA DAS CACHOEIRAS. Sua beleza natural atrai visitantes de todo o país e do exterior.
Pudera, além das trilhas, das quedas d’água e da vegetação abundante, Carrancas tem ainda a hospitalidade de sua gente, que se traduz em pousos variados, de pequenas pousadas a hotéis-fazenda que propiciam ao visitante a verdadeira vida do interior, com direito a ordenha e passeios a cavalo.

Uma das mais importantes fontes de renda do município é a pecuária de corte e de leite, juntamente com a produção de cachaça, café, cana, eucalipto, milho, queijo, mandioca, feijão, arroz e artesanato.
Outro ponto forte é a religiosidade: a fé do povo de Carrancas chama atenção, tanto que o carnaval de festa na cidade acontece duas semanas antes do oficial, o chamado CARNAVAL ANTECIPADO. Depois, enquanto o Brasil inteiro cai na folia, os homens de Carrancas se reúnem em retiro espiritual e a cidade é entregue à paz de quem procura descanso.

Carrancas reúne, em um só lugar, tudo que o amante da natureza e da história de nossa gente pode querer, um lugar bucólico, em que o antigo e novo se misturam, emoldurados por mais de 110 atrações naturais, entre serras, grutas, poços e cachoeiras. A cada trilha, uma paisagem nova deságua aos olhos dos turistas que são sempre bem recebidos pelos moradores.

A mesa sempre farta é apenas uma desculpa para o que o carranquense mais gosta de fazer, prosear, seja nos bares, nas ruas, nos próprios atrativos naturais ou em uma das 25 pousadas, hotéis e fazendas que servem de pouso para os visitantes. Carrancas atrai pela religiosidade, pela simplicidade e pela fartura de verde e o som das águas, que está em todos os lugares. Uma terra cheia de cultura popular e belezas naturais.

MAS HSTÓRAS DE CARRANCAS






segunda-feira, 5 de novembro de 2018

HNO DE CARRANCAS

Carrancas-MG

Hino do município de Carrancas
Letra por Mirian Ferreira de Carvalho Rodrigues

É tempo de esperança, fé e paz,
A cada dia renasce a liberdade
Carrancas, essa terra tão querida,
Cresce com o Brasil em igualdade.

Bandeirantes pioneiros e audazes
Um templo de pedra nos legaram.
E Deus abençoou flores e frutos
Do solo que seus filho herdaram.

Carrancas, eu te amo, eu te amo, sempre mais!
Tuas serras são meu leito, és meu lar, te amo demais! (bis)

As Carrancas lá na serra se fitando
Deram nome à nossa "Mãe Gentil"
Escondida entre vales e montanhas
És a pedra mais preciosa do Brasil.

A Cachoeira da Fumaça é tão linda,
Que transborda a alma de emoção,
Levanta Carranquense, louva a água,
Cuida dela com amor e devoção.

Carrancas, eu te amo, eu te amo, sempre mais!
Tuas serras são meu leito, és meu lar, te amo demais! (bis)

O sol que ilumina a terra fértil
Como outrora continua a brilhar.
Guardemos o passado com respeito
E teremos um futuro para sonhar.

Por seres nosso chão só tu mereces
Nossas glórias, nossos cantos, nossas preces.
Se tivermos que algum dia te deixar
Mesmo longe sempre vamos te amar.

Carrancas, eu te amo, eu te amo, sempre mais!
Tuas serras são meu leito, és meu lar, te amo demais! (bis)

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

AS LOCALIDADES (CIDADES E DISTRTOS) SUL-MINEIROS


Aguanil, Aiuruoca, Alagoa, Albertina, Alfenas (Barranco Alto), Alpinópolis, Alterosa (Divino Espírito Santo), Andradas (Gramínia, Campestrinho), Andrelândia, Arantina, Arceburgo, Areado, Baependi, Bandeira do Sul, Boa Esperança, Bocaina de Minas (Mirantão), Bom Jardim de Minas (Tabuão), Bom Jesus da Penha, Bom Repouso, Bom Sucesso (Macaia), Borda da Mata (Cervo, Sertãozinho), Botelhos (Palmeiral, São Gonçalo de Botelhos), Brasópolis (Dias, Luminosa), Bueno Brandão, Cabo Verde (Serra dos Lemes, São Bartolomeu de Minas), Cachoeira de Minas (Itaim), Caldas (Laranjeira de Caldas, Santana de Caldas, São Pedro de Caldas), Camacho, Camanducaia (Monte Verde, São Mateus de Minas), Cambuí, Cambuquira, Campanha, Campestre, Campo Belo (Porto dos Mendes), Campo do Meio, Campos Gerais (Córrego do Ouro), Cana Verde, Candeias, Capetinga (Goianases), Capitólio, Careaçu, Carmo da Cachoeira (Palmital do Carmo), Carmo de Minas, Carmo do Rio Claro (Itaci, Vilelândia), Carrancas, Carvalhópolis, Carvalhos (Franceses), Cássia, Caxambu, Claraval, Conceição da Aparecida, Conceição das Pedras, Conceição do Rio Verde (Águas de Contendas), Conceição dos Ouros, Congonhal, Consolação, Coqueiral (Frei Eustáquio), Cordislândia, Córrego do Bom Jesus, Cristais, Cristina, Cruzília, Delfim Moreira, Delfinópolis (Babilônia, Olhos D’Água da Canastra), Divisa Nova, Dom Viçoso, Doresópolis, Elói Mendes, Espírito Santo do Dourado, Estiva, Extrema, Fama, Fortaleza de Minas, Gonçalves, Guapé (Araúna),  Guaranésia (Santa Cruz do Prata), Guaxupé, Heliodora, Ibiraci, Ibitiúra de Minas, Ijaci, Ilicínea, Inconfidentes, Ingaí, Ipuiúna, Itajubá (Lourenço Velho), Itamoji, Itamonte, Itanhandu, Itapeva, Itaú de Minas,  Itumirim, Itutinga, Jacuí,  Jacutinga (São Sebastião dos Robertos, Sapucaí), Jesuânia, Juruaia (Mata do Sino, Gomes), Lambari, Lavras, Liberdade, Luminárias, Machado (Douradinho), Madre de Deus de Minas, Maria da Fé (Pintos Negreiros, Mata do Isidoro, Posses de Maria da Fé, São João de Maria da Fé), Marmelópolis, Minduri, Monsenhor Paulo, Monte Belo (Jureia, Santa Cruz de Aparecida), Monte Santo de Minas (Milagre), Monte Sião, Munhoz, Muzambinho (Moçambo), Natércia, Nazareno, Nepomuceno, Nova Resende (Petúnia), Olímpio Noronha, Ouro Fino (Crisólia, São José do Mato Dentro), Paraguaçu (Guaipava), Paraisópolis (Costas), Passa Quatro (Pé do Morro, Pinheirinhos), Passa Vinte, Passos, Pedralva, Perdões, Piranguçu, Piranguinho (Olegário Maciel, Santa Bárbara do Sapucaí), Piumhi, Poço Fundo (Paiolinho), Poços de Caldas, Pouso Alegre (São José do Pantano), Pouso Alto (Santana do Capivari), Pratápolis, Ribeirão Vermelho, Santa Rita de Caldas (Pilão, São Bento de Caldas), Santa Rita do Sapucaí, Santana da Vargem, Santana do Jacaré, Santo Antônio do Amparo (São Sebastião Estrela), São Bento Abade, São Gonçalo do Sapucaí (Ferreiras, Ribeiros), São João Batista do Glória, São João da Mata, São José da Barra, São José do Alegre, São Lourenço, São Pedro da União, São Roque de Minas, São Sebastião da Bela Vista, São Sebastião do Paraíso (Guardinha), São Sebastião do Rio Verde, São Tomás de Aquino, São Thomé das Letras, São Vicente de Minas, Sapucaí-Mirim, Senador Amaral (Ponte Segura), Senador José Bento, Seritinga, Serrania, Serranos, Silvianópolis, Soledade de Minas, Tocos do Moji, Toledo, Três Corações, Três Pontas (Pontalete), Turvolândia, Vargem Bonita, Varginha, Virgínia, Wenceslau Braz (Itererê).

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 41/2015


PARECER PARA O 1º TURNO DA PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 41/2015

COMISSÃO ESPECIAL PARA EMITIR PARECER SOBRE A PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 41/2015

RELATÓRIO

De autoria de um terço dos membros da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais e tendo como primeiro signatário o deputado Isauro Calais, a Proposta de Emenda à Constituição nº 41/2015 “modifica o art. 5° do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT – da Constituição Estadual, que trata sobre a escolha do hino oficial do Estado de Minas Gerais, previsto no art. 7° da Constituição Estadual”.
Publicada no Diário do Legislativo, em 7/11/2015, a proposição foi distribuída a esta comissão para receber parecer, nos termos do disposto no art. 111, I, “a”, do Regimento Interno.

FUNDAMENTAÇÃO

O art. 1° da proposta em exame pretende alterar a redação do art. 5º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT da Constituição Estadual, prevendo que a música “Oh, Minas Gerais!” passe a ser o hino oficial do Estado, previsto no art. 7° da Constituição Estadual.
Nos termos do parágrafo único do citado art. 1º, “a alteração desse hino somente poderá se dar por concurso promovido pela Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais destinado à definição do hino oficial do Estado, previsto no art. 7° da Constituição Estadual, e que tenha como tema a Inconfidência Mineira”.
Em sua justificação, alegam os autores que “a Constituição de Minas Gerais consagra como símbolos do Estado a bandeira, o hino e o brasão que devem ser definidos em lei; contudo, o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT –, em seu art. 5°, prevê que concurso promovido pela Assembleia Legislativa escolherá o hino. Ocorre que esse concurso foi realizado duas vezes, e nenhuma composição foi escolhida, ficando o Estado de Minas Gerais, até agora, sem nenhum hino oficial que o identifique.
Sob o ponto de vista jurídico, o estado-membro possui autonomia legislativa assegurada pelo art. 18 da Constituição da República da qual decorre a competência para disciplinar assuntos de interesse regional, entre eles a definição dos seus próprios símbolos.
A Constituição Estadual, em seu art. 7º, reconhece o hino como um dos símbolos do Estado, o qual deverá ser definido por lei, donde a viabilidade jurídica da sua identificação pela proposição em exame, inexistindo reserva de iniciativa para a deflagração do processo legislativo sobre esta matéria.
Quanto ao mérito, a música escolhida possui ampla aceitação e legitimidade para cumprir a finalidade. Isso porque, apesar de nunca ter sido oficializada como hino, já no início do século XX, era muito ouvida nas escolas e fazia parte do hinário distribuído nos estabelecimentos de ensino.
A canção “Oh, Minas Gerais”, adaptada da valsa napolitana "Vieni sul mare", foi originalmente composta por Eduardo das Neves para homenagear a incorporação do encouraçado “Minas Geraes” à esquadra da Marinha Brasileira, em 1910.
Na década de 40, contudo, o compositor mineiro José Duduca de Morais, o De Moraes, alterou a letra da música, gravada em 1942, para glorificar o Estado mineiro, tornando-a a mais popular homenagem musical feita a Minas e, por isso, muitas pessoas já a associam como hino oficial do Estado, como se divulga em vários meios de comunicação.

CONCLUSÃO

Ante o exposto, concluímos pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição nº 41/2015.
Sala das Comissões, 1º de dezembro de 2016.
Vandelei Miranda, presidente – Anselmo José Domingos, relator – Isauro Calais – Ione Pinheiro.

A MÚSICA COMO TEXTO DE LEITURA


Dentro da noção ampla de texto e leitura, música também se lê e se relaciona com outras linguagens de maneira muito especial e sensível.  A música pertence a um universo mas cotidiano, ao qual se tem um acesso mais direto.  Literatura e música se concebem como complementares ou cindidas de uma linguagem uma, porque ambas são evocadas pela poesia pela prosa poética pela ópera ou pela canção.  Dessa forma, uma poesia ou um texto poético pode ser fonte de inspiração para a criação de uma música, bem como os músicos e compositores são muitas vezes convidados a criar trilhas sonoras para textos literários e de dramaturgia.

Normalmente, o acesso à poesia é um tanto restrito à vida escolar.  Assim, quando se consegue trazer o universo da música para a poesia, acaba-se por ligar a vida cotidiana do aluno ao texto poético, seja ele erudito ou popular.  

A música passa a ser, então, uma ponte entre a literatura e o cotidiano.  Como exemplo disso, podemos citar a comparação entre o texto de uma poesia e o de uma música, que tematicamente podem se aproximar, mas cujos significados são bastante diferenciados.  

Vejamos os trechos da poesia “Dois e dois são quatro”, de Ferreira Gullar; e da música “Como dois e dois”, de Caetano Veloso:

Dois e dois são quatro
(Ferreira Gular)

Como dois e dois são quatro
Sei que a vida vale a pena
Embora o pão seja caro
E a liberdade pequena

Como teus olhos são claros
E a tua pele morena
Como é azul o oceano
E a lagoa, serena.
[...]

Como dois e dois
(Caetano Veloso)

Quando você me ouvir cantar
Venha não creia eu não corro perigo
Digo não digo não ligo, deixo no ar
Eu sigo apenas porque eu gosto de cantar
Tudo vai mal, tudo
Tudo é igual quando eu canto e sou mudo
Mas eu não minto não minto
Estou longe e perto
Sinto alegrias tristezas e brinco
Meu amor
Tudo em volta está deserto tudo certo
Tudo certo como dois e dois são cinco.

https://www.youtube.com/watch?v=yjhOVaG21oA

Viram?  Este é apenas um dos exemplos de que a música brasileira é pródiga em oferecer material aos formadores de leitores.  Outros tantos exemplos devem existir já nos acervos de professores por todo o nosso país...

Roland Barthes nos diz: “Ouvir é um fenômeno fisiológico, escutar é um ato psicológico” (Barthes, 1990, p.217).  O que captamos pelos ouvidos são signos, pois que escutamos da mesma maneira que lemos, isto é, mediante certos códigos.  Na música há dissonâncias, pausas, assonâncias, intervalos,  dominantes,  repousos,  marchas,  forças,  tons,  modos,  clímax,  inquietações,  paz,  conflitos,  soluções.  Esse é o código próprio de sua linguagem.  E é no arranjo desse código que se dá a composição musical que, por sua vez, instiga sensações, criação de imagens mentais e narrativas.  A linguagem escrita ou narrada do texto poético também evoca naquele que lê suas próprias sensações.  Assim, quando música e texto (letras) formam uma canção, essa canção pode sugerir a prática de uma interpretação do seu texto,  assim como a compreensão do contexto de composição.

E mais: além da enorme gama de estilos musicais disponíveis à apreciação, da música clássica e erudita, passando pelo jazz, pelo pop e pela música contemporânea, a música popular brasileira em si não só é fértil como exercício de leitura como é profícua para a formação sociocultural dos alunos.

OH! MINAS GERAIS!, O HINO DE MINAS GERAIS ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

Vista de Minas Gerais
Legislação
A Constituição Estadual de 1989 definiu, em seu artigo sétimo, que os símbolos do Estado são a bandeira, o brasão e o hino. Este, para tornar-se oficial, deve ser aprovado em concurso público ou decretado pelo governador do Estado
Em1985, foi instituído pela Secretaria de Estado da Cultura um concurso público, por meio de resolução publicada no Diário Oficial, para escolha do hino oficial do Estado. No entanto, a comissão julgadora abriu mão das 72 composições inscritas, por considerá-las aquém das expectativas.
Sete anos depois, em 1992, a Assembleia Legislativa estabeleceu novo concurso, tomando por tema a Inconfidência Mineira. Novamente, 570 composições foram desclassificadas por não alcançarem os padrões estabelecidos de métrica, tema e qualidade.
Uma proposta de emenda à constituição (PEC Nº 41/2015), tornando "Oh! Minas Gerais" o hino oficial do estado, aguarda votação em Plenário na Assembleia Legislativa.
Hino de Brandão e Lehmann
Nas décadas de 1920 e 1930 fazia parte do hinário distribuído nas escolas o "Hino a Minas Gerais", com letra escrita por Lucas Brandão e música do Padre João Lehmann. Apesar de bastante conhecido regionalmente, nunca foi oficializado.
Oh! Minas Gerais
A canção mais representativa do Estado de Minas Gerais é "Oh! Minas Gerais", com letra de José Duduca de Moraes, cantor e compositor mineiro, em parceria com Manoel Araújo. Tida por muitos como o hino oficial do estado, a canção utiliza a melodia de uma canção tradicional napolitana “Vieni Sul Mar!” A obra italiana chegou ao Brasil através das companhias líricas que apresentavam-se no país no fim do século XIX e início do século XX, já tendo uma versão brasileira anterior escrita e gravada em 1912 por Eduardo das Neves, , também com o título "Ó Minas Gerais", mas em homenagem ao couraçado brasileiro batizado com o nome do estado.
Gravações
O primeiro registro em áudio, já com a letra adaptada, foi feita por José Duduca de Moraes em 1942. A ela, seguiram-se muitos outras gravações conhecidas, incluindo a de Milton Nascimento e outras de vários corais mineiros

OH! MINAS GERAIS!, O HINO DE MINAS GERAIS